O prefeito Bruno Reis (União Brasil) realizou, nesta segunda-feira (13), o lançamento oficial da programação do Novembro Salvador Capital Afro 2025. O movimento de valorização da cultura afro-brasileira traz, neste ano, a descentralização das atividades, que acontecerão diariamente durante todo o mês, em diferentes regiões da cidade — incluindo bairros periféricos e comunidades tradicionais.
“Hoje colocamos o conceito Salvador Capital Afro no centro de todas as nossas decisões e definições das políticas públicas. Não há uma política pública nesta cidade em que, pelo menos, mais de 80% dos atendidos e contemplados não sejam pessoas negras. Falamos de fortalecimento da nossa identidade, da nossa ancestralidade e da nossa história, de reconhecimento e empoderamento, em especial da população negra”, destacou o chefe do Executivo municipal.
Segundo o gestor, o Novembro Negro é o momento de celebrar todas as iniciativas implementadas ao longo do ano na capital baiana. A programação agora contará com 40 dias de atividades, começando em 26 de outubro e seguindo até 6 de dezembro.
“Teremos muito conteúdo, formação, valorização e empoderamento, através do afroturismo, do afroempreendedorismo, da economia criativa e de uma série de ações dentro da nossa estratégia de fortalecimento”, explicou Bruno Reis.
“Tudo isso compõe o que consideramos hoje um grande legado que vamos deixar para a cidade: o reconhecimento e a apresentação de Salvador — que já foi, em determinado momento, a primeira capital do Brasil, que já foi a capital da música, mas que é, sem sombra de dúvidas, a capital afro, a cidade negra mais linda do mundo”, completou o prefeito.
Importância econômica e turística
Para a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo (Secult), Ana Paula Matos (PDT), o evento será um mês repleto de ações culturais, mas também de iniciativas voltadas ao afroempreendedorismo, gerando emprego e renda para as famílias.
“É no coletivo, é com apoio, é um movimento. Essa é a Salvador que se posiciona como uma cidade antirracista — de fato, Salvador, a capital afro. O objetivo foi descentralizar ainda mais o programa. No ano passado, realizamos o festival em dois dias, no centro. Este ano, entendemos que, além das ações de políticas públicas cotidianas, era preciso mostrar isso ao mundo”, afirmou a titular da Secult.
“Esse próprio anúncio de hoje nunca tinha acontecido antes. Se vocês observarem, nunca se anunciou o festival com tanta antecedência. A nossa ideia é, de fato, atrair turistas, na mesma lógica do anúncio antecipado do Natal e do Réveillon”, concluiu Ana Paula.