Salvador chegou a marca de 700 mortes violentas em 2025, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Fogo Cruzado. Os dados, contabilizados até 6 de outubro, apontam que, somando a capital e a Região Metropolitana, foram registradas mil mortes por armas de fogo neste ano.
De acordo com o levantamento, a maioria das ocorrências está relacionada a ações policiais, que resultaram em 451 mortes. Outras 60 pessoas morreram durante roubos ou tentativas, 58 em disputas entre grupos armados, 27 em situações de sequestro ou cárcere privado, 20 em brigas e 109 em chacinas. O instituto também registrou sete vítimas de bala perdida e seis feminicídios.
Os crimes ocorreram em diferentes locais: 91 pessoas foram mortas dentro de casa, 30 em automóveis, 15 em bares, 11 durante eventos, quatro em barbearias, três em transportes públicos e duas em postos de gasolina.
O perfil das vítimas segue um padrão semelhante ao de anos anteriores: 94% eram homens (938 pessoas) e 6% mulheres (56). Em relação à cor ou raça, 51% eram negras, 2% brancas e 47% não tiveram identificação registrada. A maioria era formada por adultos (954 vítimas), seguidos por 35 adolescentes, sete idosos, duas vítimas ainda no útero da mãe e uma criança.
Bairros mais violentos
Entre os bairros de Salvador, Fazenda Coutos e Lobato dividem o topo do ranking de homicídios, com 23 mortes cada. Logo em seguida aparecem Águas Claras, Mussurunga e Narandiba, com 17 homicídios cada. Brotas e Engenho Velho da Federação também figuram entre as regiões mais violentas, com 15 mortes registradas entre 1º de janeiro e 6 de outubro.