Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha, afirmaram que a prisão do político causou “profunda perplexidade”. Eles afirmaram ainda que entrarão com um recurso para reverter a prisão preventiva, sob risco de vida do ex-presidente. Bolsonaro foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes neste sábado (22).
Na sexta-feira (21), os advogados já haviam solicitado que Bolsonaro cumpra sua pena de 27 anos em regime domiciliar humanitário, devido à sua condição de saúde debilitada.
“O estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco. A defesa vai apresentar o recurso cabível. A prisão preventiva do ex-Presidente Jair Bolsonaro, decretada na manhã de hoje, causa profunda perplexidade, principalmente porque, conforme demonstra a cronologia dos fatos (representação feita em 21/11), está calcada em uma vigília de orações. A Constituição de 1988, com acerto, garante o direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa”, escreveram os advogados.
Moraes aponta violação da tornozeleira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) violou a tornozeleira eletrônica. A revelação ocorreu na determinação que o magistrado emitiu para ordenar a prisão de Bolsonaro, na manhã deste sábado (22). A informação foi apresentada ao ministro logo no início da manhã pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal.
Segundo o centro de monitoramento, responsável por monitorar o uso da tornozeleira eletrônica, a tentativa de violação ocorreu por volta das 00h08 da noite desta data. Assim, ficou constatado “a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz o documento.
Porém, o ministro não revelou do que se trata a tentativa de violação. Moraes apontou ainda que, o chamamento para um vigília acarretaria na obstrução da fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar feita pela Polícia Federal, Militar e Penal do Distrito Federal.
Moraes deu a entender que Bolsonaro tentaria usar a aglomeração para fugir para a embaixada dos EUA, que fica a 13km do condomínio onde o presidente estava cumprindo prisão domiciliar.










