O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, classificou como “questão política” a decisão que o afastou da presidência da entidade em 2023. Reconduzido ao cargo, teceu críticas ao episódio, pontuando que a decisão ceifou “um mandato que foi devidamente eleito”.
“Eu queria dizer que esse episódio que aconteceu com a CBF em uma eleição realmente transparente, uma eleição que, com tantas demandas que tinha o futebol brasileiro, principalmente quando administrada pelos que tinham sido banidos pela FIFA”, disse Ednaldo na tarde desta sexta-feira (12) na cerimônia de anúncio da transmissão exclusiva do Campeonato Baiano de Futebol pela TVE.
Ednaldo estava como presidente interino da CBF. Ele foi eleito para um mandato completo até março de 2026. Em 2022, o vice-presidente, Gustavo Feijó, acionou a 2ª instância pedindo para que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pela entidade e o Ministério Público. A solicitação foi acatada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
“A questão política é por conta de um candidato que não conseguiu se inscrever porque não tinha subscrições de chapa o suficiente. Ou seja, nem clubes, nem federações o queriam. Com isso ficou uma situação que ceifam um mandato que foi devidamente eleito”, complementa o presidente da CBF.
Em seu discurso nesta sexta-feira, Ednaldo exaltou os feitos de sua gestão à frente da entidade.
“A CBF no primeiro mandato, superamos o superávit da entidade a 385% com relação aos últimos foi a maior receita que a instituição teve desde a sua história. Elevando patrocínios da entidade em patamares de 10 vezes mais do que aqueles que eram auferidos e fizemos com que a receita da CBF, cerca de 72%, [fosse destinada] ao custeio e fomento do futebol em todo Brasil”, afirma.
“Esse investimento no futebol não foi apenas para aqueles [clubes] grandes que costumavam ter. Isso incomodou muitos, fizemos um trabalho. A CBF nunca se colocou à disposição para defender bandeiras e nós nos colocamos para defender bandeiras contra o racismo, a discriminação seja ela qual for”, finaliza.