A justiça decidiu manter preso o homem suspeito de estuprar e chantager adolescentes na Bahia. Lucas Santos passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, no final da manhã desta quinta-feira (19).
O homem, que deverá seguir para a penitenciária Lemos Brito nas próximas horas, teve o mandado cumprido por estupro e também foi autuado em flagrante – pelo crime filmar cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente – na última quarta-feira (18) em Itinga, bairro de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Segundo a Polícia Civil, Lucas ainda usava as gravações para chantagear e extorquir as vítimas, que eram obrigadas a voltar à cena do crime sob a ameaça dos conteúdos serem vazados. A polícia também investiga a possível ocorrência do crime de estupro por meio virtual.
Conforme apurado pelo BNews, Lucas usava um crachá falso de locutor da rádio comunitária Panorama, que fica localizada em Itinga.
Em nota, a emissora informou que o homem nunca fez parte do quadro de funcionários da emissora e que “Em fotos publicadas em sites de notícias é possível ver que há uma manipulação de uso indevido da logomarca da rádio, evidenciando que o suspeito teria forjado um documento de identificação com o nome da emissora”, disse.
A prisão de Lucas foi resultado de dezoito meses de investigação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCCA). A Polícia Civil informou que a apuração do caso começou há cerca de um ano e meio, com o primeiro registro de ocorrência contra o homem.
De acordo com Simone Moutinho, delegada responsável pela DERCCA, o suspeito atraía a confiança das vítimas na internet, às vezes se passando por mulheres ou pessoas da mesma idade. “Em seguida, dizia que ia realizar um sorteio de um celular, afirmando depois que a menina ganhou o prêmio. Ele, então, pagava o transporte por aplicativo para que ela fosse até o local retirar o celular. Lá, porém, estuprava a vítima, além de fotografar e filmar a violência”, contou.
