A mãe de uma estudante de 12 anos denunciou um professor de geometria do Colégio Municipal Professora Dáulia Angélica de Souza Santos, em Barra do Gil, ilha do município de Vera Cruz, por abuso sexual infantil. O caso foi registrado na 24ª Delegacia Territorial da cidade.
Em entrevista ao BNews, a mulher, que prefere não ser identificada, contou que a filha chegou em casa chorando porque o docente acariciou os seios dela durante aula da última terça-feira (23).
“Ela estava na aula fazendo o dever de classe com a colega e disse que o professor se aproximou e abraçou ela por trás, perguntando se tinha alguma dúvida em relação a atividade. Nesse momento, ele passou a mão pelo pescoço da minha menina e ficou apalpando o peito dela”, detalhou a mulher.
A aluna, que cursa o 6º ano, disse que ficou nervosa com a situação, mas esperou acabar a aula para correr até o banheiro e chorar. A mãe da adolescente contou ainda que a direção do colégio ficou sabendo do ocorrido e liberou a estudante para casa, mas sem informar os responsáveis da menor.
“Minha filha foi colocada numa sala sozinha com o diretor do colégio, liberada para ir para casa e eu não recebi nenhuma ligação do corpo docente sobre o que tinha acontecido.”, contou.
O BNews procurou a Secretaria de Educação do município que, através de nota, informou sobre o afastamento temporário do professor da instituição enquanto investiga o caso. (leia na íntegra abaixo)
A reportagem também entrou em contato com a Polícia Civil para saber como andam as investigações, mas até o momento da publicação não teve resposta.
Leia a nota na íntegra da Secretaria de Educação de Vera Cruz:
Ao tomarmos ciência das denúncias apresentadas por alunas, a Secretaria de Educação de Vera Cruz atuou imediatamente, priorizando o acolhimento dessas estudantes por meio de assistência psicológica. Em paralelo, promovemos reuniões elucidativas sobre o que efetivamente caracteriza o assédio, especialmente quando envolve menores de idade.
É nossa responsabilidade assegurar um processo investigativo criterioso, para que não se cometa o erro de atribuir culpas indevidamente. Desta forma, optamos pelo afastamento temporário do professor em questão, a fim de garantir uma análise justa e imparcial dos fatos.No entanto a situação caracterizada como assédio está em investigação pela polícia.
A prefeitura também acredita que por se tratar de menores, a exposição da Escola e das menores pode causar prejuízos sociais e emocionais para os estudantes.