O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, prestou depoimento na condição de testemunha no procedimento administrativo disciplinar (PAD) a que Anderson Torres responde. A ação pode resultar na expulsão do ex-ministro da Justiça dos quadros da corporação.
Andrei é um dos 13 depoentes já ouvidos no PAD. Na oitiva, o diretor foi questionado se teria avisado Torres sobre o risco dos ataques em Brasília. Em seu depoimento, o chefe da PF relatou ter comunicado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que repassou a informação ao Governo do Distrito Federal.
O diretor-geral avaliou que a conduta de Anderson Torres foi prejudicial à imagem da Polícia Federal.
Anderson Torres é investigado por suposta omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando comandava a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Além de Andrei, prestaram depoimento no PAD do ex-ministro o ex-secretário de Segurança Pública do GDF, Júlio Danilo, e a ex-chefe de Inteligência do DF, Marília Alencar.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro solicitou a Alexandre de Moraes que os depoimentos colhidos no âmbito da PAD, sejam anexados ao inquérito no qual é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).