O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), disse em depoimento à Polícia Federal (PF) que ao menos cinco reuniões com a presença direta do ex-mandatário em conjunto com a cúpula do governo e de militares. As informações são da coluna de Bela Megale do jornal O Globo.
Na oitiva da segunda-feira (11) que durou quase nove horas, Cid confirmou que uma minuta com proposta de um decreto de golpe de Estado foi ajustada a pedido de Bolsonaro e que o texto corrigido teria sido discutido e uma nova reunião, na qual participaram o ex-mandatário e comandantes das Forças Armadas. O tenente-coronel disse que soube da reunião, mas que não chegou a participar.
Cid também delatou um encontro no dia 12 de dezembro de 2022 em que Cid e outros militares discutiram estratégias ligadas a uma ação golpista. Outra reunião aconteceu no dia 28 de dezembro com a participação de oficiais das forças especiais e assistentes de generais supostamente favoráveis ao golpe. Outra reunião delatada aconteceu no dia 5 de julho de 2022, na qual Bolsonaro se encontrou com seus ministros, a qual a Polícia Federal identificou uma dinâmica golpista.