O Grupo de Trabalho Antissuborno, braço da Organização das Nações (OCDE), demonstrou preocupação com o viés político da Procuradoria Geral da República. O comunicado entende que entre 2019 e 2022, durante o mandato de Augusto Aras, ocorreu uma crescente “interferência política indevida em investigações de alto nível”
“A seleção do próximo PGR será um importante marcador da direção futura do Brasil. No entanto, o Brasil enfatiza que se trata da única instituição que não está vinculada ao Poder Executivo e, portanto, é independente no exercício de suas funções”, sugeriu.
O documento ainda cita as mensagens vazadas entre o então juiz Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato como um dos indicativos da interferência política na punição. “Concluindo que o juiz havia violado seu dever de imparcialidade, a Suprema Corte anulou várias condenações ou outras decisões proferidas contra indivíduos específicos. A politização e a falta de neutralidade reveladas por essas mensagens também levaram à descontinuação do modelo de forças-tarefa”, aponta o documento