Braço direito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) admitiu que está muito perto de o mandatário anunciar a esperada ‘dança da cadeira’ na gestão petista.
“Quem troca e anuncia novo ministro é o presidente da República, mas eu diria que está muito perto dele anunciar o que vai fazer”, disse o ex-governador da Bahia em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação.
As mudanças na Esplanada dos Ministérios seriam uma forma de o governo Lula ampliar a governabilidade no Congresso Nacional. Lula já antecipou o ingresso do PP e do Republicanos em sua gestão, confirmando, inclusive, os nomes de André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) para adentrar as hostes do seu governo. Porém, os espaços a serem ocupados por eles ainda são uma incógnita.
As siglas demonstram interesse em pastas já alertadas por Lula como “intocáveis”. O PP quer que Fufuca vá para o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável, entre outras iniciativas, pelo Bolsa Família. Um dos maiores orçamentos da Esplanada, a pasta é ocupada pelo petista Wellington Dias. O Republicanos, por sua vez, almeja Costa Filho no Esporte, chefiado por Ana Moser. Lula, por sua vez, já afirmou que a prerrogativa de escolher ministros é do presidente e não dos partidos.
Sobre o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) com a promessa de investimento total de R$ 1,7 trilhão, distribuído para todas as regiões do país, o ministro elencou que estão contando com muitos projetos e concessões privadas (Parcerias Público-Privadas (PPPs), de forma a não repetirem erros do passado.
“Eu diria que no PAC 1 muitos estados não tinham projetos e quando o plano foi lançado é que que foram fazer esses projetos. No PAC 2, o desempenho já foi muito superior, mas agora no 3, o diferencial é o peso muito maior no investimento privado, nas Parcerias Público-Privadas (PPPs)… Então, nós estamos contando com muitos projetos e concessões públicas e em PPPS, inclusive, nas áreas da Saúde, Educação e Infraestrutura, com investimentos total de R$ 1,7 trilhão, em que grande parte desse investimento — R$ 1,3 trilhão estão prometidos para até 2026 – fim do mandato de Lula – e outros investimentos diretos da ordem de R$ 300 bilhões serão pós 2026, para contabilizar obras com previsão de entrega em 2027 i que incluem todas as obras que terão início até 2026 e aí já estão contabilizadas as que estão previstas para acabar em 2027 e não incorrermos em responsabilidade fiscal”, frisou, detalhando investimentos.
O ministro refuta ainda, a possibilidade de o programa ser fatiado com a votação do arcabouço fiscal que será votado na Câmara, após emendas no Senado. “Estamos conversando com todos os líderes [partidários] e todos eles também estão apostando que o Brasil volte a crescer, volte a gerar emprego, afinal todos eles também estão mobilizados para fazer acontecer obras em seus estados”, pontuou, citando leilão que ocorrerá para as ferrovias do Paraná no valor de R$ 160 milhões que, conforme ele, se estenderá por todo país.