A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga os atos antidemocráticos registrados em 8 de janeiro, aprovou na manhã desta quinta-feira (24) a quebra de sigilos fiscal e telefônico da deputada federal Carla Zambelli (PL) e de aliados da parlamentar.
A comissão apontou requerimento sobre os dados da parlamentar a partir da revelação de Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato, a pedido de Zambelli, de tentativas de deslegitimar as urnas eletrônicas.
Anteriormente, Zambelli havia declarado não ter receio sobre o exame de suas mensagens, e-mail e contas bancárias. O hacker Walter Delgatti também teve os sigilos quebrados.
Com a aprovação, a comissão terá os dados de movimentações financeiras, do telefone e das redes sociais de Bruno Zambelli (PL), irmão da parlamentar e deputado estadual em São Paulo, e de Renan Goulart para conduzir investigação. A apuração suspeita da participação dos mesmos na trama para deslegitimar as urnas, após declaração de Delgatti.
Ainda durante a primeira etapa da reunião da CPMI do 8 de janeiro desta quinta-feira, o presidente da CPI, Arthur Maia (União), não colocou em discussão as quebras de sigilo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A comissão também aprovou convocação para novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro.