O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou o pregão desta quinta-feira, 17, com uma queda de 0,53%, aos 114.982,30 pontos. É a 13ª queda consecutiva já registrada.
O dado fez com que o B3 emitisse uma nota oficial confirmando o recorde. ” Foi a primeira vez que atingimos 13 quedas consecutivas”. No mês, a queda é de 5,71%. No ano, porém, a Bolsa continua em alta, de 4,78%.
Segundo a base de dados da própria instituição, a maior marca histórica recente se igualou ontem ao registro de 12 desvalorizações seguidas em 1970. A causa, segundo analistas do mercado, é consequência do cenário externo.
“Estamos em um sólido canal de baixa e, agora, o índice trocou os motivos da queda. Se em um primeiro momento vimos a China pesar, com Vale (VALE3) e metálicas, agora, temos um yield americano subindo muito, puxando os juros futuros (DIs)”, aponta Victor Benndorff ao MoneyTimes.
Uma ata da Federal Reserve (Fed) repercutida por investidores, divulgada na véspera, também poderia ter mexido com o mercado. De acordo com o documento “a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária”.
A ata também mostrou que as autoridades do Fed ficaram divididas em relação ao aumento estabelecido em julho, com elevação das taxas a um patamar entre 5,25% e 5,50%. “Os participantes permaneceram resolutos em seu compromisso de reduzir a inflação para a meta de […] 2%”, diz a ata.
Segundo o G1, o documento ainda destacou que alguns membros da instituição começam a se preocupar com os impactos das altas dos juros na atividade econômica dos Estados Unidos e temem que isso cause danos aos empregos no país.