Marcada por uma campanha violenta, a eleição para Presidência do Equador aconteceu neste domingo (20). Com 95% dos votos apurados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no país, já confirmou que haverá um segundo turno. Ele será disputado pela correísta Luisa González, do Renovação Cidadã; e o empresário de direita Daniel Noboa.
As eleições acontecerão no dia 15 de outubro. Luisa González, candidata do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), teve 33% dos votos e segue para o segundo turno como favorita. Já Noboa, filho mais velho de bilionário da indústria bananeira, ficou com 24%.
Christian Zurita, que substituiu Fernando Villavicencio – candidato assassinado durante a campanha -, ficou em terceira posição, com 16% dos votos. Ele foi votar usando um colete à prova de balas e acompanhado por uma escolta armada.
O dia de votação aconteceu com clima de tensão. O esquema de segurança foi inédito, com detectores de metais, ruas onde os candidatos votam fechadas e policiais e militares controlando o acesso aos locais de votação. A Organização dos Estados Americanos (OEA) informou que não houve registro de incidentes sérios ao longo do dia. Cerca de 80% da população compareceu às urnas.