A vereadora Aurilene Silva (PT), da cidade de Axixá do Tocantins (TO), foi vítima, junto com o marido e dos filhos menores de idade de um sequestro na noite da quarta-feira (13). Ao chegar à chácara em que morava, ela foi abordada por dois homens que anunciaram o assalto, amarrando as vítimas e pedindo o celular de Aurilene, bem como a senha do aparelho para efetuar transações bancárias.
“Quando cheguei na minha residência, desci do carro para abrir a porteira. Foi o momento que eu vi os bandidos vindos em minha direção. Veio um, e outro ficou mais atrás. A minha reação foi correr e gritar muito. Meu marido não estava entendendo o que eu estava dizendo, como o vidro estava fechado. Ele saiu e entrou em confronto com o bandido. O bandido falou que era para ele se render, se não ia atirar na gente. Ele derrubou o meu marido no chão e amarrou ele”, relatou a vítima ao Globo.
Na sequência, o casal foi levado para dentro da propriedade. No local, os bandidos perguntaram à vereadora quanto em dinheiro ela teria disponível para realizar uma transferência bancária para os criminosos.
Aurilene disse ter respondido que tinha “entre R$ 3 mil e R$ 5 mil”. Nesse momento, o criminoso se aproximou dela e pediu que ela ficasse “tranquila”, porque ele não iria matá-los, pois a ação seria apenas um “recado”.
“Ele ficou perguntando pelo meu celular, pela chave do Pix, se eu tinha dinheiro. Ele veio dizendo ‘calma, que não ia ferir ninguém’, que era um recado”, contou.
Em seguida, o suspeito trancou as vítimas em um quarto e deixou a propriedade, levando com ele uma televisão. Em seu relato, Aurilene conta que conseguiu se soltar deslizando as mãos e usou um cortador de unhas para soltar o marido.
“Consegui me soltar. Soltei o meu marido, com muita dificuldade. Ele tirou as dobradiças da porta e saiu pela porta da cozinha. Pulou o murozinho que tem e foi chamar ajuda. Ele foi no vizinho mais próximo, pegou uma moto e foi para o povoado chamar a polícia”, relatou ao portal.
Aurilene contou ao Globo que ela e o marido ficaram com hematomas no corpo e afirmou que o carro da família foi jogado em um barranco. No boletim de ocorrência, ela disse suspeitar que o caso pode ter motivações políticas.