Após oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, que acabou entrando em contradições e ficou irritado ao ponto de proferir palavrões contra a relatora Eliziane Gama (PSD-MA), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro mira agora outro fardado: o general Walter Braga Netto.
Conforme Lauro Jardim em sua coluna no O Globo, o depoimento do ex-chefe da Casa Civil, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022 está previsto para o dia 5 de outubro e deve ser um dos últimos do colegiado. A oitiva de Braga Netto já deveria ter ocorrido, mas foi adiada.
Segundo a publicação, depois do depoimento de Heleno os governistas da CPMI preparam uma estratégia para tentar “encurralar” o ex-ministro de Bolsonaro e desmentir eventuais narrativas fantasiosas.
Para o grupo, o deputado baiano Arthur Maia (UB-BA), que preside a comissão, “se equivocou” ao não decretar voz de prisão ao ex-GSI ao perceber as contradições do militar durante o depoimento. Diante do precedente, eles agora querem impedir que o espaço seja usado para construção de narrativas falsas e pretendem indiciar Heleno em relatório final.