O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta terça-feira (9), com doze ministros, representantes da Polícia Federal e das Forças Armadas, para discutir ações na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Em 2023, o governo federal decretou emergência de saúde pública para tratar a crise sanitária dos Yanomamis, em meio a invasão do garimpo ilegal na região. Um ano depois, estima-se que haja ao menos 8 mil garimpeiros no território, causando a poluição de 61% dos rios.
No encontro, o presidente exigiu das autoridades um “esforço maior” para conter o que chamou de “novo massacre” dos povos Yanomamis. “Não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina. Temos territórios indígenas demarcados. Essa reunião aqui é para decidir de uma vez por todas o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas continuem sendo vítimas de massacre, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono”, declarou à imprensa.
O mandatário ressaltou ainda que vai ser usado “todo o poder da máquina pública” para solucionar a crise humanitária e decidiu que as Forças Armadas terão postos de permanência na região a partir deste ano.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde até 30 de novembro de 2023, durante todo o ano foram registrados 25,2 mil casos de malária, o que representa uma alta de 61% em relação a 2022. O território Yanomami abriga cerca de 31 mil indígenas, que vivem em mais de 370 comunidades.