O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), disse, nesta sexta-feira (24), que não vai interferir na tramitação da PEC da Reeleição, que permite a recondução subsequente para o comando da Casa. Ele disse, entretanto, achar difícil que a votação da matéria aconteça ainda neste ano.
“Eu não vou me meter até porque a imprensa noticia como se fosse a eleição. É só uma forma de permitir a reeleição. A eleição é em 2025. [A votação] não depende do presidente. Para votar qualquer projeto, tem que haver acordo. Eu não estou me envolvendo. Então, não dá para saber [quando será a votação]” , declarou, em entrevista ao Metro1.
“[Mas] acho muito difícil [ter apreciação da matéria neste ano]. Não é impossível. Mas em 20 dias no máximo está encerrando os trabalhos [neste ano na AL-BA]”, emendou.
Adolfo Menezes falou ainda porque não assinou o requerimento da PEC da Reeleição. Ao todo, a proposta teve o aval de 47 parlamentares. “Foi uma iniciativa dos deputados. Não tinha necessidade da minha assinatura”, frisou.
O presidente da AL-BA também comentou a declaração do líder do governo na Casa, Rosemberg Pinto (PT). Em entrevista à Rádio Metropole nesta semana, o petista afirmou que está em jogo na Assembleia, com a votação da PEC, a “alternância de poder ou a perpetuação do poder”. Rosemberg não admite, mas manifesta nos bastidores suceder Adolfo Menezes na presidência do Legislativo baiano.
“A PEC não tira o direito, caso seja aprovada, de ninguém de ser candidato. E todo deputado é livre para divulgar os seus pensamentos. Nós estamos em uma democracia. Agora, quem decide uma questão na Assembleia ou no Congresso são os membros. Não é o presidente Adolfo, nem o líder Rosemberg, nem o líder [da oposição] Alan Sanches. É o conjunto de deputados”, salientou.