Pré-candidato a prefeito de Salvador, o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) ignorou a repercussão do seu discurso transfóbico na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família na Câmara dos Deputados, que debate o projeto de lei (PL) que tenta proibir o casamento homoafetivo no país. Nas redes sociais, o parlamentar compartilhou apenas o momento em que foi aplaudido pelos colegas da bancada evangélica e apoiadores após a confusão com a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), sem se pronunciar sobre o ocorrido.
“Minha gratidão pelo carinho do povo brasileiro”, escreveu na legenda do post, na última quarta-feira (20).
Na oportunidade, Isidório aparece sendo ovacionado pelos presentes seguidos de gritos e “parabéns”. Nos comentários do mesmo post, apoiadores do Pastor também celebraram a postura do deputado. “Esse homem tem todo o meu respeito”, escreveu uma seguidora. “Esse representa o povo”, disse outra.
Relembre o caso
Ao defender a extinção do casamento homoafetivo no país, o Pastor Sargento Isidório (Avante) fez declarações transfóbicas e ignorou a existência das pessoas trans ao afirmar que “homem nasce com binga” e “mulher nasce com tcheca”. As falas do pré-candidato a prefeitura da capital baiana foi proferida durante a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família no Congresso que, na oportunidade, votaria o projeto que proíbe a união de pessoas do mesmo sexo no Brasil.
Em defesa do casamento e contra a proposta, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou que o discurso do colega de parlamento era “absurdo e transfóbico”. Nas redes sociais, a parlamentar se referiu o ataque como “obsessão fetichista”.
“Não há outra explicação senão uma obsessão fetichista. Nós não podemos confundir o Parlamento com os púlpitos de nossas igrejas. Aqui foi buscado usar essa Bíblia recorrentemente para pregar o ódio e a intolerância”, destacou Hilton.