Michelle Bolsonaro minimizou as investigações sobre a venda das joias no exterior em um evento do PL Mulher, em Recife (PE), no sábado (26). Em seu discurso, a ex-primeira-dama afirmou que os itens não “são do seu estilo”, mas que poderiam ser “leiloadas”. Ela aproveitou o momento também para se defender de declarações de que teria o nome sujo por conta de dívidas.
“Senhor, me ensina a ser obediente. Eu sei que estou apanhando igual gente grande. Sempre paguei minhas contas direitinho, sempre tive medo de ir para o Serasa. Aí falaram que eu era laranja do Queiroz, porque a gente emprestou um dinheiro para ele”, disse Michelle.
A presidente do PL Mulher comentou sobre as provocações que vem recebendo por conta das joias. Para os presentes, a esposa de Jair Bolsonaro alegou “querer as joias para si” e que as investigações sobre o caso são para desviar o foco da CPI do 8/1, atualmente em curso no Congresso Nacional.
“Aí falam ‘cadê as joias?’. Eu queria mesmo essas joias para mim. Tudo bem que essas joias não são do meu estilo, mas a gente poderia leiloá-las. Todo mês eu tiro e mando para uma instituição (social) 10% do meu salário. E pode quebrar meu sigilo, por mais que o Alexandre de Moraes coloque lá “esse mês foi tanto para tal instituição, foi tanto para outra instituição”, pontuou a ex-primeira-dama.
“Não é por poder não. Ficam falando ‘Como assim não entregarem joias? Porque querem joias?’ desviando o foco da CPI. (…) Tem um povo tão atrapalhado que fica assim cadê as joias? ‘estão na Caixa Econômica Federal’. Mas vocês pediram tanto e falaram tanto de joias que, em breve, teremos lançamento: Mijoias pra vocês. Vou fazer uma limonada docinha desse limão”, completou.